sábado, 17 de julho de 2010

A prosperidade do Cristão

 

centro noite

Prosperidade no sentido bíblico, significa ausência de necessidade. Quem prega prosperidade de bens materiais, riqueza, acúmulo de bens terrenos como condição básica para a felicidade humana está pregando outra doutrina e não a doutrina cristã: “Digo isto, não por causa da pobreza, porque aprendi a viver contente em toda e qualquer situação” (Fp 4:11). A base de nossa felicidade é saber que fomos perdoados dos pecados e estamos salvos, por causa de Jesus Cristo!

Veja o caso de José no Egito e seus dois filhos, Efraim e Manassés. Os jovens já nasceram em palácios, cheios de servos e criados, sendo José o segundo homem mais poderoso do império. Nada lhes faltava. No entanto, José vai visitar Jacó e os leva e ali Jacó os ABENÇOA para que saiam do palácio e venham ser seus “filhos”, vivendo como pastores, servindo a ovelhas e dormindo ao relento. Isso é bênção? Sim, é bênção, pois assim foram preservados da contaminação das riquezas, da idolatria, das concupiscências e tendo, assim assegurados a sua entrada na terra prometida. E José compreendeu e aceitou entregá-los ao pai: “Agora, pois, os teus dois filhos, que te nasceram na terra do Egito, antes que eu viesse a ti no Egito, são meus; Efraim e Manassés serão meus, como Rúben e Simeão…Tendo Israel visto os filhos de José, disse: Quem são estes? Respondeu José a seu pai: São meus filhos, que Deus me deu aqui. Faze-os chegar a mim, disse ele, para que eu os abençoe…E José, tirando-os dentre os joelhos de seu pai, inclinou-se à terra diante da sua face. Depois, tomou José a ambos, a Efraim na sua mão direita, à esquerda de Israel, e a Manassés na sua esquerda, à direita de Israel, e fê-los chegar a ele…Assim, os abençoou naquele dia, declarando: Por vós Israel abençoará, dizendo: Deus te faça como a Efraim e como a Manassés. E pôs o nome de Efraim adiante do de Manassés” (Gn 48:5,8,9,12,13,20).

A Bíblia é bem clara em dizer que o amor do dinheiro é a raiz de todos os males e que é muito perigoso lutar para ser rico: “Ora, os que querem ficar ricos caem em tentação, e cilada, e em muitas concupiscências insensatas e perniciosas, as quais afogam os homens na ruína e perdição” (1 Tm 6:9). Um cristão pode ser rico, sem apostatar da fé? É claro que pode! Um cristão pobre pode apostatar da fé? É claro que pode também! Não é, portanto, a riqueza o mal, mas o amor ao dinheiro.

Deus é soberano e Ele PODE abençoar alguém materialmente falando ou não. Depende muito de como está o coração da pessoa. Existem algumas pessoas que não podem enriquecer, porque senão se afastarão de Deus. Neste caso, para o bem delas mesmas, o Senhor as mantém somente com o necessário. Outras não têm o coração nas riquezas e então o Senhor pode enriquecê-las, dando-lhes junto o dom de misericórdia, para com isso abençoarem a Igreja, gerando empregos, ofertas, assistência social, etc.

 Estrada Dízimo e oferta não é troca com o Senhor. “Eu entrego o dízimo e o Senhor me prospera!”. Nada disso. Dízimo é reconhecimento de que Deus JÁ TEM ME ABENCOADO. Dos cem por cento que recebo, retenho noventa e entrego somente dez, como prova de que confio no Senhor.

A passagem em Malaquias que diz que Deus irá abrir as janelas do céu derramando bênçãos sem medida (Ml 3:10-12) está relacionada principalmente a bênçãos espirituais (ensinos, revelações, sabedoria, paz), pois provêm do céu e lá dinheiro e bens materiais nada valem. O que é derramado a partir do céu, irmão, só pode ser bênção celestial e não terrena. Quem nos dá algo em troca de alguma outra coisa é satanás (Mt 4:9).

Quanto a comer o melhor desta terra (Is 1:18-20) não está relacionado a bens materiais ou riquezas, mas ao desfrute da santificação, vida em paz, manifestação em nossas vidas, com abundância, do fruto do Espírito Santo (Gl 5:22).

Que o Senhor te conceda plena compreensão destas coisas e a paz de Cristo seja abundante em seu coração.

José Adelson de Noronha

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