Os casais modernos estão muito exigentes. quando acontece um desentendimento, um conflito ou discordância , tanto o homem como a mulher avaliam sua realização pessoal, sua felicidade ou a valorização do seu potencial podem ser colocados em perigo. Se a conclusão a que chegarem demonstrar que sim, eles passam a cogitar o divórcio como uma saída plenamente justificável. Aliás, as próprias engrenagens da sociedade contemporânea, isto é, os meios de comunicação e a filosofia de vida atual, cooperam para que o casal caia nesse engano.
Nem sempre foi assim . Não faz muito tempo, as mulheres encaravam seus conflitos conjugais como normais. Quando o problema era mais grave, elas procuravam ajuda e conselhos com suas mães, que, na verdade, pouco podiam fazer, porque enfrentavam situações semelhantes. Passar por crises e altos e baixos no casamento não justificava uma separação precipitada. Muitas mulheres raciocinavam que seu marido não bebia muito, não batia nelas, não deixava faltar nada em casa, não era infiel. Então por quê reclamar? Certamente, não era fácil conviver com eles, mas o que fazer? E resolviam aguentar firmes , sufocando sua insatisfação.
Mas, na verdade, o que é felicidade, auto-realização ? Será um belo apartamento em um bairro nobre? Vários carros na garagem? Um cartão de crédito com limite altíssimo? Dinheiro para gastar? Vida social intensa? Uma carreira brilhante ou um trabalho altamente remunerado? Uma vida de aventura? Uma igreja dinâmica?
Permanecer casado para manter as aparências ou usufruir da comodidade e das facilidades que a vida a dois em questão proporciona não pode dar certo. O principal objetivo dos cônjuges deve ser fazer o outro feliz, valorizado e realizado. Quando um casal se empenha em alcançar esse alvo percebe como é agradável satisfazer o cônjuge antes de pensar em si mesmo.
Jaime Kemp
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